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06/05/2010
8 - Fontes de Pesquisa
7 – A “Justa” em BAR-LE-DUC
Álvaro Fernandes Coutinho permaneceu na corte da Borgonha durante uns anos ao serviço de D. João I, duque da Borgonha e conde da Flandres, que reconhece os grandes serviços a si prestados por Álvaro Gonçalves Coutinho e, em agradecimento,concede privilégios aos portugueses na Flandres.
Regressado a Portugal, casou com D.Isabel de Castro passando a viver no Porto.
6 - Os Festejos da Vitória
O primeiro prato a ser servido foi uma bela carne de porco seguídos de leitões alimentados somente com o leite da mãe que era uma iguaria muito apreciada. Seguiu-se uma carne de carneiro e de cordeiro, comuns, nestas festanças. Diferentemente da maior parte do mundo ocidental moderno, todas as partes do animal eram comidas, incluindo orelhas, focinho, cauda, língua e ventre. Entre as carnes que estavam presentes e que hoje são raras ou até mesmo consideradas inapropriadas para consumo humano eram a de ouriço e de porco-espinho.
Como o estômago fora “aberto”, deveria ser "fechado" no fim da refeição com a ajuda de um digestivo, que naqueles tempos consistia em massas de açúcar condimentadas, ou hypocras, um vinho aromatizado com condimentos fragrantes, juntamente com queijo velho.
Depois do repasto e antes do merecido repouso, as damas e os portugueses dançavam a Estampie, que era uma dança sapateada e o tradicional e famoso Saltarello que era uma dança saltitante. Já a noite ia alta quando os valoroso cavaleiros portugueses, meios ébrios, regressavam aos seuis aposentos.
5 - O Torneio dos Doze da Inglaterra
O arauto e os “reis de armas” publicavam oficialmente os torneios e anunciavam o nome dos combatentes, dando a conhecer seus gritos de guerra e suas qualidades.Os arautos também eram especialistas em reconhecer os brasões das equipes.
Os verdadeiros cavaleiros deviam ser “ probos e preclaros”. Probo é o termo mais utilizado para se referir a um cavaleiro que denota a qualidade ideal : o caráter íntegro, honesto, recto, justo daquele que porta a cavalaria. Preclaros que significa ilustres, todos queriam vencer aquele cavaleiro que demonstrasse a sua invencibilidade.
Os doze cavaleiros ingleses e os onze cavaleiros portugueses estavam preparados para o torneio. Perfilados nas suas belas montadas frente ao palanque, onde se encontravam as damas inglesas vitimas das ofensas e a presidir ao torneio o Duque de Lencastre.
Aproxima-se a hora do combate. Ninguém tem medo, dos nossos. Só uma coisa os preocupa: - a demora de Magriço, que anda não se sabe por onde anda.
Os cavalos dos combatentes espumam já. O sol rutila nas lanças, nas espadas e nos arneses. A ansiedade de todos é enorme. Mas do lado dos ingleses há doze cavaleiros, e do nosso lado - só onze!...
Dá sinal a trombeta do combate e os cavaleiros espoream os cavalos, largam as rédeas, abaixam as lanças. Faísca a terra sob as patas dos animais, que mordem os freios de ouro. O chão parece tremer todo, sacudido.
Onde estaria, perguntam todos, o descuidado Magriço?
De repente, grande alvoroço se produz e toda a gente olha para a entrada do campo.É Magriço que entra, montado no seu cavalo, vestido e pronto para o combate.
A sua dama logo ali mesmo se enfeita com luxuosos arminhos, que são adornos de festa.
O coração de quem olha os cavaleiros estremece, tão violenta é a luta. O aço das armas torna-se vermelho com o sangue do inimigo. Uns, caíndo, parecem voar dos cavalos até ao chão, outros, derrubados e arrastados, açoitam com os penachos dos elmos as ancas dos ginetes. Morrem alguns. O resto fica ferido. E, depois de porfiada peleja, os portugueses vencem inteiramente os adversários, com aprumo e galhardia raras.
A soberba inglesa sofreu assim um duro golpe, mas as damas ficaram desafrontadas da injúria sofrida, graças à coragem e audácia dos nossos, que não hesitaram em bater-se pela honra alheia...
O Duque de Lencastre, para lhes agradecer, albergou no seu palácio os portugueses. E, enquanto eles não regressaram a Portugal, todos os dias lhes ofereceu divertimentos, bailes e jantares, onde nunca faltavam as doze damas. À volta, segundo contam, ainda Magriço e um seu companheiro tiveram alguns desafios, o primeiro na Flandres e o segundo na Alemanha. Não deixavam nunca de pôr à prova a sua valentia e destreza no manejo das armas.
05/05/2010
4 - A Viagem
3 - A Partida da Nau para Inglaterra
Os doze cavaleiros, eram eles: Álvaro Vaz de Almada , Soeiro da Costa, Álvaro Mendes Cerveira, João Pereira Agostin, Lopo Fernandes Pacheco, Luís Gonçalves Malafaia, Martim Lopo de Azevedo, Pedro Homem da Costa, Rui Gomes da Silva, Rui Mendes Cerveira , Vasco Anes da Costa Côrte-Real e Álvaro Fernandes Coutinho, o célebre Magriço.
Mediante o escrito nas cartas toda a corte se sentiu ofendida, e visto que o povo português era um povo cavalheiro e defensor da honra, logo se deu a partida dos Doze para Inglaterra. Quando se dava o embarque o cavaleiro Álvaro Fernandes Coutinho disse que não os acompanharia, iria por terra até a velha Albion, decidira seguir no seu cavalo por terra a fim de saciar a curiosidade que tinha de conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas, garantindo no entanto que estaria presente no local e na data certa. Esta viagem iria ser difícil e demorada, tanto mais que o nosso herói aproveitaria para ir visitando os lugares importantes por onde iria passar, em Espanha, França e Flandres. Com grande espalhafato, o “Magriço” despediu-se dos seus companheiros, esporou a sua montada e perante uma enorme salva de palmas e de vivas, arrancou para uma longa viagem com perigos inusitados, mas a sua valentia, que ninguém duvidava, não o colocaria em situações embaraçosas das quais não sairia vitorioso.
2 – O Castelo de Penedono e a Lenda das Duas Pedras Brancas
Durante o século XI, ao sabor dos avanços e recuos das fronteiras cristãs, Penedono e o seu castelo mudaram de mãos em diversas ocasiões. Antes da sua reconquista definitiva que se deveu à ação do rei leonês Fernando Magno (1064), o castelo foi pertença de uma bela moura, muito rica. Conta a “ Lenda das Duas Pedras” que consta de duas pedras brancas que se distingue perfeitamente no lado direito da fachada, relativamente próximas.Estas pedras são as tampas de duas caixinhas misteriosas, aí deixadas pela bela moura, para esconder a sua fortuna e para que ninguém lha roubasse, colocou numa caixa todos os seus tesouros e na outra a peste que causaria a morte imediata a quem se atrevesse a abrir.Como ninguém sabia em qual das caixas se escondia o tesouro, ninguém até hoje, se atreveu tentar abrir uma das caixas, porque, quem remover a pedra errada libertará a peste que matará todos os habitantes da região. Um inventário dos bens do Mosteiro de Guimarães, lavrado em 1095 relaciona o Castelo de Penedono entre outros bens anteriormente legados por D. Chamoa. Com a emancipaçãopolítica de Portugal, os seus domínios passaram a integrar os da jovem nação. D. Sancho I (1185-1211), ante a situação estratégica de Penedono, próxima à linha fronteiriça, incentivou o repovoamento dessas terras através de Foral (1195), ao mesmo tempo em que determinava a reconstrução das suas defesas. O seu sucessor, D.Afonso II (1211-1223) confirmou-lhe o foral em 1217. A povoação e o seu castelo também tiveram a atenção deD.Dinis (1279-1325), que lhe determinou reforços na defesa.
Tendo falecido na Primavera de 1384 o alcaide de Penedono, Vasco Fernandes Coutinho, sucedeu-o na função o seu filho, Gonçalo Vasques Coutinho. Posteriormente, distinguiu-se, por mérito, na Batalha de Trancoso (Maio de 1385), o que lhe valeu a promoção ao posto de marechal. Acredita-se que, no Castelo de Penedono, tenham nascido os filhos deste alcaide e, dentre eles:
· o primogênito, Vasco Fernandes Coutinho, 1º Conde de Marialva, e
· Álvaro Fernandes Coutinho, o cavaleiro de alcunhado Magriço, o nosso herói , um dos Doze de Inglaterra, imortalizado por Camões.