Filho de Gonçalo Vasques Coutinho, alcaide de Trancoso, e de D.Leonor Gonçalves de Azevedo, esse a quem os portugueses conferiram em 1385 o encargo de chefiar as forças que conquistaram o castelo da Feira. Diz uma carta régia lavrada em 1415 ser natural de Penedono, donde igualmente o eram ascendentes seus. Alí nascerem os filhos, e entre eles o celebre Magriço, Álvaro Gonçalves Coutinho, um dos Doze de Inglaterra, glorificados por Camões no conhecido episódio dos Lusíadas em que descreve o combate vitoriosamente travado em Londres nos fins do século XIV, por doze cavaleiros portugueses que ali foram defrontar outros tantos cavaleiros ingleses, em desafronta de doze damas inglesas, maltratadas de palavras por aqueles seus compatriotas. O romântico castelo de Penedono, onde nasceu Álvaro Gonçalves Coutinho, foi local onde foi moldado as típicas características de cavaleiro medieval, aventuroso, esforçado, pundonoroso e assomadiço, Camões se empenhou em vivamente acentuar. De outros feitos deste cavaleiro andante, diz-se que defrontou um cavaleiro francês de seu nome Pedro de Brabant, denominado Clignot, almirante de França que teria ocorrido na cidade de Bar-le-Duc que saiu vitorioso, mas os motivos desta peleja devia ter sido, mais uma vez, a defesa da honra de alguma dama. Consta que travou uma peleja com cavaleiros num torneio em Paris no ano de 1415. D. João, duque da Borgonha e conde da Flandres, reconhece os grandes serviços a si prestados por Álvaro Gonçalves Coutinho e, em agradecimento, concede privilégios aos portugueses na Flandres.O Magriço depois de ter frequentado a corte da Borgonha, regressou a Portugal, vindo a constituir família, casando com D. Isabel e a viver no Porto.
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